Hey! Listen!
Músicas memoráveis faziam a diferença desde antes de games como The Legend of Zelda: Ocarina of Time. Ainda assim, esse foi um jogo que revolucionou a música de dois tons em algo tão bom, que até mesmo a grande orquestra de Skyward Sword tem dificuldade pra competir. Mas esse assunto vai muito além da série Zelda. Vários jogos, como Skyrim e Dragon Age, se beneficiam de trilhas sonoras épicas.
Okami saiu no mesmo ano que The Legend of Zelda: Twilight Princess e conseguiu se nivelar à famosa franquia da Nintendo. Apesar de ser música japonesa muito tradicional, a trilha sonora de Okami ganhou o prêmio de “Best Score” no BAFTA Video Games Awards 2007. Além disso, a trilha sonora de Okami apela pra uma grande variedade de jogadores, mesmo aqueles que não jogaram – e uma música de um jogo ter esse poder é uma grande conquista. Esta foi a minha experiência pessoal com Okami: meu amigo me enviou “Rising Sun”, sem qualquer explicação real, e eu me apaixonei. E pela música tradicional japonesa consequentemente.
A música assume uma importância semelhante pra jogos como Okami e Zelda tanto quanto pra filmes. Ela ajuda a imergir o jogador no mundo fictício através da emoção e vibrações essenciais. Por imersão, quero dizer tanto a jogabilidade quanto o investimento emocional embutido na experiência. Por exemplo, em Ocarina of Time, durante a retirada do selo inicial do Temple of Time, o temor e a grandeza do momento é capturado perfeitamente na música. O coro dos monges ecoam tal como fariam numa catedral real. Em Okami, nada supera a música durante a restauração de um rebento guardião, preenchido com os acordes edificantes de harpa, shamisen e flauta.
Trilhas sonoras também desempenham um papel muito importante pro jogador. Detalhes menores incluem a escotilha de uma Skulltula em Ocarina of Time ou as notas ascendentes de shamisen quando uma tarefa é concluída em Okami. Isso cria o tom e a atmosfera de um jogo. A música de Castle Town, por exemplo, durante a vida adulta de Link. O vento uivante e fortemente enfatizado ajuda a adicionar o terror que os inimigos apresentam ao jogador nas ruínas do mercado e seus ReDeads – uma região amigável anteriormente. A música de Okmai pra Shinshu Field também é muito importante. Não só denota segurança, mas uma sensação de olhar pra frente, pra uma aventura emocionante. Eu não sei sobre você, mas nada me coloca num humor mais brilhante do que as cordas shamisen esperançosas.
Como a música é tão fundamental pra jogos como Okami e Zelda, também definitivamente é na vanguarda de outros jogos de aventura e RPGs. Skyrim e Dragon Age: Inquisition são mais ou menos as versões adultas de Zelda, incluindo mundos, personagens e temas mais complexos. No entanto, sinto que nenhum desses jogos alcança a franquia Zelda e eles têm mais de dois tons tocando ao mesmo tempo. Estes jogos foram desenvolvidos com mais atmosfera e menos melodia, filosofia e música.
A música ajuda na imersão e nas conexões emocionais dos jogos. Embora ambos Skyrim e Dragon Age tenham uma ou duas músicas extremamente significativas, elas não penetram os jogos por completamente como Zelda ou Okami. Sim, “The Dawn Will Come” é o tema principal de Dragon Age: Inquisition, mas eu certamente não lembro quais foram os temas dos demais jogos da franquia. As músicas temas de Dragon Age: Inquisition e Skyrim não deveriam ter sido trilhas de um momento, elas deveriam ser musicalmente fundamentais no jogo. Ambos os jogos poderiam ter sido muito mais criativos nesta área.
Skyrim e Dragon Age poderiam realmente usar mais e melhores músicas pra causar imersão e impacto emocional, motivando o jogador a buscar mais quests, não importa quantas dezenas de horas ele já tivesse jogado. Encontrar Woolsey certamente teria sido mais divertido ao som de “Ikana Valley” de Majora’s Mask. Ou caçar o Shahvee’s Amulet teria sido muito mais intenso se algo como “Midna’s Lament” de Twilight Princess estivesse tocando. Trilhas sonoras durante conversas em ambos Skyrim e Dragon Age teriam acrescentado muito mais peso às palavras. As notas graves de piano de “Farewell Hyrule King” de The Wind Waker teriam sido muito apropriadas na Keeper Marethari. A abertura notoriamente emocionante de Skyrim poderia ter ficado melhor com “Death Mountain” de Twilight Princess.
É claro que jogos como Skyrim e Dragon Age poderiam melhorar com músicas mais memoráveis. Música emocional não deve ser limitada a jogos de aventura japoneses como Zelda e Okami. Outros jogos definitivamente têm história e potencial pra esse tipo de trilha e eu adoraria ver mais desenvolvedores ocidentais pegando esse estilo de desenvolvimento, tornando suas missões ainda mais imponentes.
E você? Qual é a sua trilha sonora favorita dos jogos?
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