A indústria de anime intensificou sua luta contra a pirataria, agora com um grande caso nos Estados Unidos, que envolve o vazamento de Jujutsu Kaisen e Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba. Após décadas lidando com a disseminação ilegal de conteúdo, produtores de animes estão tomando medidas mais rígidas, especialmente com o aumento de vazamentos online.
O portal japonês Anime Anime revelou documentos judiciais que mostram que licenciadores e distribuidores de anime estão movendo ações legais contra vazadores nos EUA. Um tribunal norte-americano já emitiu uma ordem para a rede social X (antigo Twitter), exigindo que forneça informações pessoais de usuários que supostamente vazaram episódios e informações confidenciais de Jujutsu Kaisen e Demon Slayer.
O grande destaque deste caso é que, pela primeira vez, o sistema judicial dos EUA envolveu diretamente a X (Twitter) em um processo de pirataria de anime. A plataforma tem sido um dos principais veículos de disseminação de vazamentos de animes e mangás, com títulos como My Hero Academia e Kagurabachi frequentemente sendo alvo de vazamentos.
As empresas japonesas Toho Co. e Aniplex Inc. foram as responsáveis por mover a ação legal. Ambas são grandes players na indústria de anime e sofrem com vazamentos frequentes. Para identificar os vazadores, as empresas usaram três métodos: rastreamento de usuários que compartilharam imagens inéditas de episódios, monitoramento de usuários que postaram créditos de episódios, e, finalmente, o uso de marcas d’água nas imagens para localizar os vazadores.
A pirataria tem sido uma questão crítica no setor de anime por muitos anos. Em tempos passados, quando o acesso ao conteúdo fora do Japão era limitado, a pirataria se tornou uma solução comum para os fãs internacionais. No entanto, com o aumento da disponibilidade de animes por meio de serviços de streaming, como Crunchyroll e HIDIVE, a pirataria se torna menos justificável.
Ainda assim, a pirataria continua sendo um problema enorme. Muitos sites ilegais lucram com a exibição de animes através de receitas publicitárias, o que leva empresas como Toho e Aniplex a intensificarem seus esforços para combater essa prática. A luta contra a pirataria é longa, e, embora ações como essa estejam gerando atenção, resta saber se esses esforços terão sucesso a longo prazo. Afinal, para cada serviço de pirataria derrubado, outros parecem surgir.
Fonte: ComicBook
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