A chegada de Dragon Ball Daima trouxe uma onda de empolgação para os fãs da franquia, mas também levantou questionamentos importantes sobre a cronologia da obra. Um dos pontos que mais chamou atenção foi a revelação de que Vegeta é capaz de se transformar em Super Saiyajin 3, algo que nunca foi mostrado em Dragon Ball Super. A descoberta gerou debates intensos e reacendeu uma dúvida antiga: afinal, por que Vegeta nunca usou essa transformação durante os eventos do Super?
Dragon Ball Daima e sua posição na linha do tempo
Dragon Ball Daima se passa entre o fim da Saga Boo e o início de Dragon Ball Super. Isso significa que os acontecimentos mostrados ali fazem parte direta do cânone principal da franquia. Por conta de inconsistências nas continuidades de Dragon Ball Daima e Dragon Ball Super, muito se é discutido se Daima se passa realmente na mesma continuidade das demais obras. Mas por enquanto, isso nunca foi confirmado nem negado pela Toei ou a Capsule Corporation Tokyo, que é a empresa por trás da franquia atualmente.
De qualquer forma, a presença do Vegeta Super Saiyajin 3 nesse período levanta questionamentos imediatos, já que, cronologicamente, ele deveria ter acesso a essa forma também durante os eventos posteriores.
O ponto é que, em Dragon Ball Super, Vegeta nunca recorre ao Super Saiyajin 3 — nem mesmo em batalhas críticas. Isso cria uma aparente incoerência narrativa que só agora começa a fazer sentido com as revelações de Daima.
Por que Vegeta não usou o Super Saiyajin 3 em Dragon Ball Super?

A explicação mais coerente envolve o próprio contexto das lutas em Dragon Ball Super. A partir do arco da Ressurreição de Freeza, tanto Goku quanto Vegeta já dominavam o Super Saiyajin Deus e, logo depois, o Super Saiyajin Blue. Essas formas superavam o Super Saiyajin 3 em poder e eficiência.
Além disso, o Super Saiyajin 3 sempre foi conhecido por seu alto consumo de energia. O próprio Goku sofreu com isso diversas vezes, chegando a se esgotar rapidamente durante combates prolongados. Para Vegeta, um lutador estrategista e extremamente racional, utilizar uma forma instável e desgastante não fazia sentido quando opções mais eficientes estavam disponíveis.
O ponto fora da curva: a luta contra Bills

Existe, no entanto, um momento específico em que essa lógica parece falhar: a batalha contra Bills, o Deus da Destruição, ocorrida no primeiro arco do Super, chamado de Batalha dos Deuses. Nesse arco inicial de Dragon Ball Super, Vegeta ainda não dominava o ki divino. Mesmo assim, quando Bills ataca Bulma, ele reage com uma explosão de fúria que o coloca temporariamente acima do próprio Goku.
É justamente aí que surge a grande pergunta: por que Vegeta não usou o Super Saiyajin 3 nesse momento?
A explicação mais plausível é emocional e estratégica. Vegeta sabia que Bills havia derrotado Goku, transformado em Super Saiyajin 3, com extrema facilidade. Usar a mesma transformação provavelmente seria inútil. Além disso, o consumo de energia do SSJ3 poderia deixá-lo vulnerável em poucos instantes. Optar pelo Super Saiyajin 2, ainda que mais fraco, garantiria maior controle e resistência durante o confronto.
Não é uma explicação muito convincente, mas é minimamente plausível para justificar esse que agora se tornou um erro de continuidade.
O fator Daima e a mudança de perspectiva
Com Dragon Ball Daima, fica claro que a ideia de Vegeta dominar o Super Saiyajin 3 só foi consolidada muito tempo depois da produção de Dragon Ball Super. Na época, nem Akira Toriyama nem Toyotaro haviam planejado essa evolução para o personagem.
Isso significa que a ausência do Super Saiyajin 3 em Dragon Ball Super não invalida a continuidade da história. Pelo contrário, o novo anime apenas expande o que já existia, preenchendo lacunas e oferecendo novas leituras para eventos passados. Resta agora adaptar as próximas produções para esse novo contexto.
O impacto disso no futuro da franquia
A confirmação do Super Saiyajin 3 de Vegeta abre portas para novos desdobramentos narrativos. Agora que essa transformação faz parte oficialmente do cânone, nada impede que ela volte a ser explorada em futuros arcos, seja no mangá ou em novas animações.Além disso, Dragon Ball Daima mostra que a franquia está disposta a revisitar conceitos antigos e reinterpretá-los sob uma nova perspectiva, sem necessariamente invalidar o que veio antes. Já que, além de oficializar o Super Saiyajin 3 do Vegeta, o anime também trouxe o Super Saiyajin 4 do Goku pro cânone fora de Dragon Ball GT. Isso reforça a ideia de que o universo de Dragon Ball continua em expansão, sempre encontrando formas de surpreender o público.






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