Whindersson conta que também teve (e ainda tem) perseguidores como em Bebê Rena

Maysa Vilela

Whindersson conta que também teve (e ainda tem) perseguidores como em Bebê Rena

Em uma revelação preocupante, o humorista Whindersson Nunes confidenciou ter sido perseguido por quatro stalkers desde que alcançou a fama.

O relato veio à tona depois de Whindersson assistir à série Bebê Rena, novo sucesso instantâneo da Netflix, que parece ter ressonado profundamente com suas próprias experiências.

Já passaram pela minha vida 4 pessoas como as da série Bebê Rena, 3 mulheres e 1 homem“, compartilhou Whindersson no ‘X’, destacando a gravidade da situação.

Uma das perseguições foi particularmente alarmante: “O cara me via como um Deus, a vida só daria certo se eu guiasse o caminho”, revelou o humorista.

Outro caso perturbador envolve uma senhora que tem enviado mensagens a ele por cinco anos.

“Ela briga comigo, me pede desculpas, me desculpa por eu não abrir as mensagens, como se ela tivesse um relacionamento comigo em que eu não participo”, explicou Whindersson.

Para se proteger, Whindersson precisou recorrer à justiça. “Outra me perseguiu por dois anos, ia em alguns lugares em que eu fazia show, mandava foto do lado de fora. Essa eu fiz B.O. Aí nunca mais ouvi falar dela“, contou ele sobre a ação tomada para encerrar a perseguição.

O humorista e youtuber também tocou em um ponto sensível ao lamentar como a perseguição é frequentemente interpretada erroneamente como um gesto de afeto.

“Quando eu assisti essa série, eu consegui entender que algumas pessoas têm um fascínio pela pessoa em vez de amor ou carinho. Não sei como amedrontar alguém pode demonstrar amor, eu hein… Minha vó me dizia: ‘tu vai ver coisa meu filho‘”, concluiu Whindersson, enfatizando a complexidade emocional desses episódios.

A série Bebê Rena, que desencadeou essas confissões de Whindersson Nunes, narra a história de Donny Dunn (interpretado por Richard Gadd), um comediante que se vê perseguido por uma fã, Martha (Jessica Gunning), após um encontro casual.

A trama espelha uma situação real vivida pelo próprio Gadd, trazendo à tona a linha tênue entre admiração e obsessão.

Whindersson Nunes ainda aproveitou a ocasião para fazer um apelo por maior conscientização sobre como a perseguição não deveria ser vista como uma prova de afeto, destacando a importância de respeitar a privacidade e o bem-estar emocional das pessoas.

Confira a publicação feita por Whindersson Nunes no X:

Bebê Rena - série

Bebê Rena: 5 diferenças entre a série e a história real

A série Bebê Rena, que rapidamente se tornou um sucesso na Netflix, tem capturado a atenção do público com sua trama intensa e personagens complexos.

Baseada em eventos reais da vida do escritor, ator e comediante escocês Richard Gadd, a produção explora temas de perseguição e obsessão de maneira dramática.

Descrita como uma aula de humor ácido pela Radio Times, a série conta a história de um comediante em ascensão e sua enigmática perseguidora, revelando uma relação tumultuada e cheia de reviravoltas.

Embora seja enraizada em fatos reais, Bebê Rena apresenta divergências significativas da história original de Gadd.

Continue a leitura para conferir cinco dessas diferenças:

Destino de Martha

Na série, a perseguidora, chamada Martha Scott e interpretada por Jessica Gunning, enfrenta a justiça e é condenada a nove meses de prisão após ser denunciada por Gadd. Contudo, na realidade, a stalker de Gadd, cujo nome verdadeiro não foi revelado, não foi presa.

Gadd mencionou em entrevistas que considerou a prisão uma medida injusta devido aos traumas vividos por ela, destacando sentimentos ambivalentes em relação à situação. Na opinião dele, ela é também é uma vítima na história.

Intervenção policial

Enquanto a série mostra uma rápida denúncia e condenação, na vida real, Gadd demorou seis anos para reportar oficialmente o assédio, um reflexo de sua complexa relação com a perseguidora e os desafios em lidar com a situação.

Intensidade da perseguição

Bebê Rena talvez suavize o verdadeiro alcance da perseguição sofrida por Gadd. Segundo a Forbes, ele recebeu 41.071 e-mails, 350 horas de mensagens de voz e inúmeras outras formas de contato, um volume e intensidade muito maior do que o apresentado na produção da Netflix.

Presentes

A série não menciona que Martha enviava presentes variados para Gadd, incluindo itens como uma rena de brinquedo e roupas íntimas, detalhes que adicionam uma camada adicional à sua obsessão. Tais presentes, aceitos por Gadd, contribuíram para a complexidade da relação entre eles.

Mudança nos nomes

Finalmente, a série altera os nomes dos envolvidos. Gadd é representado por Donny Dunn, um desvio do stand-up de 2019 em que ele usava seu próprio nome.

Esta mudança, junto com a alteração no nome da perseguidora e de outros detalhes, serve para criar uma barreira entre os eventos reais e sua adaptação televisiva.

Essas adaptações são comuns em produções baseadas em histórias reais, nas quais os criadores buscam equilibrar fidelidade aos eventos com as necessidades narrativas e de privacidade dos envolvidos.

Bebê Rena se destaca não só por sua narrativa cativante, mas também pela discussão que provoca sobre os limites do fascínio humano e as consequências da obsessão.

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