A aclamada atriz Winona Ryder, hoje com 54 anos, abriu o coração sobre como uma tragédia real moldou duas de suas atuações mais marcantes: a determinada Jo March no clássico Adoráveis Mulheres (1994) e a desesperada Joyce Byers no fenômeno Stranger Things. Em uma entrevista recente à revista Interview, a estrela contou como o sequestro e morte de uma garota de sua cidade natal influenciou profundamente sua abordagem artística.
O elo entre essas produções distintas é o caso de Polly Klaas, uma menina que foi sequestrada e assassinada no início dos anos 90. Ryder, que conhecia a família da vítima, envolveu-se pessoalmente nas buscas na época, chegando a oferecer uma recompensa de US$ 200 mil por informações.
A homenagem em Adoráveis Mulheres
A conexão com o filme de 1994, que rendeu a Winona uma indicação ao Oscar, foi uma forma de tributo. A atriz revelou que Polly sonhava em ser atriz e que Adoráveis Mulheres era seu livro favorito.
“Essa foi uma grande razão pela qual eu fiz aquele filme e o dediquei a ela”, afirmou Ryder. O longa foi lançado apenas um ano após o crime, servindo como uma memória viva da jovem que teve seus sonhos interrompidos.
A dor real em Stranger Things
Anos depois, ao assumir o papel de Joyce Byers na série da Netflix, Winona precisou revisitar esse trauma. Na primeira temporada, sua personagem enfrenta o desaparecimento do filho, Will Byers. Para a atriz, não era apenas ficção; era necessário tratar o tema com o peso e a seriedade que ele exigia.
Eu fiquei bem temerosa com Stranger Things, porque eu queria que o público soubesse como isso é uma coisa séria. Você não pode usar desaparecimentos apenas como uma ferramenta narrativa, é algo muito pessoal.
Para garantir essa autenticidade dolorosa, ela voltou a conversar com o pai de Polly Klaas. Segundo a atriz, muito de sua atuação intensa e angustiante na primeira temporada estava conectada diretamente às emoções dele e à experiência de estar ao redor de uma “dor tão tangível”. O resultado foi uma performance que ajudou a transformar a série em um sucesso global, algo que Winona descreveu como “libertador” ao ver que o show se tornou maior do que apenas o seu retorno a Hollywood.





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