A nova edição de Amazing X-Men #2 traz um dos momentos mais intensos da fase atual dos mutantes, explorando o passado traumático de Ciclope em meio ao evento Era da Revelação. A saga se passa dez anos no futuro, quando metade da América do Norte está sob domínio de Revelação — o antigo Doug Ramsey — que age como sucessor de Apocalypse na tentativa de submeter o planeta em nome dos mutantes.
O embate da edição coloca Ciclope diante do que há de mais difícil para ele: seus próprios erros e arrependimentos. No capítulo anterior, os X-Men buscaram a Darkchylde para conseguir passagem até Filadélfia, o que levou o grupo a um impasse perigoso — ponto retomado logo na abertura da nova edição.
Enquanto Revelação mantém o controle sobre grande parte do país, uma pequena resistência mutante continua ativa. Para reforçar essa luta, as versões do passado de Ciclope e Fera foram transportadas ao futuro e colocadas nos corpos de suas contrapartes futuras, que supostamente haviam sido reduzidas a cascas vazias pelo poder do vilão, capaz de manipular e bloquear a linguagem.
No entanto, a nova edição revela que os X-Men mentiram. As versões futuras de Ciclope e Fera não estavam sem consciência. O verdadeiro plano da equipe era enviar os dois de volta ao passado para impedir Revelação — uma estratégia que remete diretamente à história clássica X-Men: Dias de um Futuro Esquecido.
Duelo entre Ciclope e Magia
A principal sequência da HQ apresenta um confronto singular entre Ciclope e Magia, que domina uma pequena cidade cujos moradores trabalham para mantê-la alimentada — uma escolha que eles consideram menos perigosa do que sobreviver fora de seus limites. O acordo é simples: se Ciclope vencer, ela teleporta os X-Men; se perder, um integrante da equipe fica para trás.
O combate se baseia em verdades dolorosas, descritas como golpes emocionais trocados entre os dois. A dinâmica é comparada à disputa clássica em Sandman, na qual Morpheus enfrenta um demônio usando palavras como armas. Aqui, os traumas de Ciclope são revisitados, expondo erros, perdas e a autocrítica constante que sempre marcou o personagem.
Mesmo atingido pelas acusações, Scott Summers resiste. Ele entende que a oponente não é Illyana Rasputin, mas sua versão sombria, a Darkchylde. O herói conclui que, se essa persona está ativa, Illyana está morta — justamente aquilo que a Darkchylde mais teme admitir, já que a função primordial dessa segunda personalidade é proteger a mutante. Essa constatação encerra o combate.





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