Três anos após o lançamento de Yasuke na Netflix, o diretor LeSean Thomas continua a responder críticas sobre as escolhas criativas da série. Baseada no primeiro samurai negro da história, a produção gerou controvérsia por introduzir magia e mechas gigantes em uma narrativa que muitos esperavam ser mais fiel aos fatos históricos. Thomas, porém, defende sua abordagem e rejeita as expectativas de realismo.
Durante um painel na Japan Society em Nova York, Thomas explicou que nunca teve a intenção de criar uma obra historicamente precisa. Ele disse que esperava colaboração criativa, mas recebeu resistência de fãs que queriam um Yasuke semelhante a animes como Samurai Champloo e Vinland Saga, conhecidos por um realismo mais próximo. “Por que vocês querem sempre a mesma coisa?”, questionou Thomas, justificando a liberdade artística.
O diretor também falou sobre as críticas de fãs negros que viram a série como uma oportunidade desperdiçada de explorar a história de Yasuke de maneira mais fiel. Para ele, a intenção era aumentar a representatividade em gêneros especulativos, como fantasia e ficção científica, em vez de focar apenas na precisão histórica. “Todo mundo tem sua ideia do que o primeiro anime negro deveria ser”, disse ele, recusando-se a atender à pressão social. Ele defendeu a decisão com simplicidade: “Por que não?”
Yasuke, embora polêmico, foi elogiado por sua animação de alta qualidade e narrativa ousada. O filme contou com um elenco de voz estrelado, incluindo LaKeith Stanfield como Yasuke, e uma trilha sonora envolvente que reforçou sua proposta inovadora.
Para quem espera algo diferente, uma nova adaptação de Yasuke está em desenvolvimento pela Warner Bros. Discovery, dirigida por Blitz Bazawule (A Cor Púrpura), o que poderá oferecer uma visão mais próxima do histórico samurai. No entanto, Yasuke da Netflix continuará como uma obra que buscou expandir os limites do gênero.
Fonte: CB
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